A vitória frente à Real Sociedad devolveu o sorriso aos sportinguistas, no entanto creio que não pode ser mote para algumas exaltações que se foram manifestando aqui e ali.
Não que tenha ficado insatisfeito com o resultado ou com a exibição. O primeiro foi animador a segunda globalmente positiva. Mas há que compreender que o futebol do Sporting tem problemas por resolver.
Sistema tático.
O 4-3-3 é um sistema equilibrado de matriz mais defensiva. É plausível numa equipa como o Sporting sempre e quando o trio do meio campo garanta municiamento ao ataque (em quantidade e qualidade). E isso não acontece.
Adrien e André Martins são jogadores de transição e não costumam dar-se bem com o último terço do terreno e, na minha óptica, não deveriam coabitar no 11 (ao contrário, disputariam, isso sim, a posição 6).
É preciso que o Sporting apresente um jogador com maior capacidade de definição na posição 8 (ou 10), transitando o jogo ofensivo para os últimos 40 metros (o que permitiria aos extremos receber a bola em melhores condições para gerar desequilíbrios e abrindo, consequentemente, mais espaço para o avançado.
Avançado(s).
Assumindo a presença de apenas um avançado de raiz, é um risco e uma pressão tremenda arriscar as fichas todas em Montero.
Aprecio imenso Cissé (acho que é jogador de muito futuro), mas não é possível imaginar que seja capaz de ser opção a curto prazo- Seria bem melhor deixá-lo crescer e ambientar-se ao clube.
O que nos conduz à necessidade quase impreterível de contarmos com mais um PL. Aí, as condicionantes económicas são angustiantes, mas seria uma excelente altura para posicionarmos os investidores...
Soluções?
Há várias possibilidades:
a) Gerson Magrão ser uma máquina e dar-nos os golos e assistências de que precisamos (se assim for, estátua sff ao LJ).
b) Montero adaptar-se ao futebol europeu em velocidade warp e encontrarmos em Cissé e Betinho "muletas" de qualidade (tenho muita fé nestes dois).
c) Implementar derivações táticas. Gostaria muito de ver o Sporting jogar com dois avançados abertos no ataque, municiados por Capel e, custa-me dizê-lo, Bruma. Mais atrás, William Carvalho e Adrien dariam cobertura defensiva às nossas máquinas voadoras.
E não é uma mera inclinação estética, jogadores como Carrillo ou Wilson Eduardo tornar-se-iam opções para este ataque (e porque não recuperar Viola do constante vaivém argentino?).
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