Todos conhecemos o peso mítico do número 10 no futebol. É a posição do génio, do estratega, do virtuoso que domina plateias no espaço dum drible, na magia dum passe, do arrebatamento dum golo...
Jogadores como Pelé, Eusébio e Maradona maravilharam o mundo carregando esse número, tradição ainda hoje honrada por jogadores como Messi, Aimar, Rooney, Ronaldinho, Totti, Del Piero ou Robben.
Mas algo mudou...
O médio ofensivo é uma espécie em vias de extinção. O futebol evoluiu para um pressing muito mais agressivo e o habitat do "10" começou a ser fustigado por esquemas defensivos que deixam pouco espaço para a sua criatividade.
Os "box to box" começaram a predominar no futebol europeu, médios menos posicionais e que permitiam maior amplitude de movimentos (escapando, assim, ao ferrolho defensivo do adversário).
Mas a memória do "10" continua viva e é frequente vermos tentativas mais ou menos elaboradas na sua evocação.
O Sporting teve nas últimas épocas dois herdeiros dessa posição: Romagnoli e Matias. Dois sul-americanos que tentaram desempenhar esse papel de charneira ofensiva. O chileno mais talentoso que o argentino, mas ambos igualmente ineficazes na tarefa atribuída (pena que Matias se tenha ido embora quando começava a ser mais regular)...
Será que o 10 é assim tão importante?
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