Muito se jogará nos próximos dois encontros do Sporting. O clássico frente ao Porto e a receção ao Chelsea para a Champions podem ditar o sentido da época para a nossa equipa. Por conseguinte (e para não toldar o discernimento devido aos resultados entretanto obtidos), considero importante um primeiro balanço da época, focado em três pontos estruturais: gestão, liderança técnica e equipa.
1. Gestão
Havendo muito por onde elogiar esta Direção, existem, no entanto, aspetos a melhorar claramente. Bruno de Carvalho deve gerir melhor a pasta da comunicação. Se é importante assumir a liderança sempre que necessário (considerando ajustadíssima a abordagem aos casos Rojo e Slimani), é importante evitar um afunilamento de declarações, sob pena de se tornarem mero ruído.
Outra grande crítica a fazer é a gestão de expetativas. Não se deve prometer lutar pelo título e fazer uma abordagem ao mercado de médio/longo prazo. Simplesmente, não faz sentido (só coloca a equipa sobre pressão extra).
Após um ano em que estivemos acima do esperado, não fomos (longe disso) uma equipa perfeita. Aliás, as lacunas do futebol leonino são facilmente identificáveis e, em abono da verdade, não houve uma estratégia de claro reforço das mesma. Tirando Nani do panorama (transferência dentro do contexto específico da saída de Rojo), o Sporting apostou em garantir opções para o futuro, não para "lutar pelo título".
2. Liderança técnica
A mudança de Leonardo Jardim por Marco Silva não me causou qualquer preocupação (bem pelo contrário), pois considero o jovem treinador do Estoril alguém com características para levar o Sporting ainda mais longe que o madeirense.
Infelizmente, as primeiras ilações não foram as melhores. E, quanto a mim, o problema nem sequer é sobretudo os resultados. Como referi anteriormente, o Sporting tinha lacunas identificáveis e Marco Silva prestou pouca atenção às mesmas. Para além disso, tenho-o achado demasiado passivo durante os jogos (não quero as palhaçadas à la Jesus, mas tem que ser bem mais interventivo).
Acho que o jogo frente ao Gil pode marcar uma reviravolta em Marco Silva, para que faça aquilo que sabe fazer, e muito bem, equipas organizadas e com muita personalidade.
3. Equipa
Consequência dos dois supracitados pontos, a prestação da equipa não pode ficar fora desta análise. A verdade é que a equipa leonina tarda em compreender a necessidade de assumir jogo, de marcar a diferença de qualidade para os seus adversários. A dinâmica do passe é, neste capítulo, necessidade superlativa.
Como equipa grande, que é, o Sporting não pode ter 50 bolas perdidas em cada jogo (números por baixo). Nem pode jogar com 3 três médios centros com evidentes dificuldades na definição de jogadas (seja em realizar assistências, seja finalizar jogadas). A entrada de João Mário no último encontro foi a prova evidente desta realidade, conseguindo uma complementaridade que nunca foi vista com André Martins.
Infelizmente, duvido que João Mário seja a solução milagrosa que todos esperamos que seja (nem é justo colocar tamanha pressão sobre um jovem tão prometedor). Não podemos esquecer que o Gil Vicente colocou uma oposição muito frágil e que dificilmente serve de exemplo para o resto da temporada.
Outra evidência que teremos que resolver, mais cedo ou mais tarde, é a dupla de centrais. Maurício e Sarr têm perfis demasiado semelhantes e frente a ataques mais versáteis demonstram dificuldades que se traduzem em pontos perdidos. Compreendo que mexer neste momento poderia ser contraproducente, mas negligenciar esta realidade pode traduzir-se em mais pontos perdidos....
Por último, é impressão minha ou Jonathan merece continuar a titular?
(desculpem o testamento)
Acho que o jogo frente ao Gil pode marcar uma reviravolta em Marco Silva, para que faça aquilo que sabe fazer, e muito bem, equipas organizadas e com muita personalidade.
3. Equipa
Consequência dos dois supracitados pontos, a prestação da equipa não pode ficar fora desta análise. A verdade é que a equipa leonina tarda em compreender a necessidade de assumir jogo, de marcar a diferença de qualidade para os seus adversários. A dinâmica do passe é, neste capítulo, necessidade superlativa.
Como equipa grande, que é, o Sporting não pode ter 50 bolas perdidas em cada jogo (números por baixo). Nem pode jogar com 3 três médios centros com evidentes dificuldades na definição de jogadas (seja em realizar assistências, seja finalizar jogadas). A entrada de João Mário no último encontro foi a prova evidente desta realidade, conseguindo uma complementaridade que nunca foi vista com André Martins.
Infelizmente, duvido que João Mário seja a solução milagrosa que todos esperamos que seja (nem é justo colocar tamanha pressão sobre um jovem tão prometedor). Não podemos esquecer que o Gil Vicente colocou uma oposição muito frágil e que dificilmente serve de exemplo para o resto da temporada.
Outra evidência que teremos que resolver, mais cedo ou mais tarde, é a dupla de centrais. Maurício e Sarr têm perfis demasiado semelhantes e frente a ataques mais versáteis demonstram dificuldades que se traduzem em pontos perdidos. Compreendo que mexer neste momento poderia ser contraproducente, mas negligenciar esta realidade pode traduzir-se em mais pontos perdidos....
Por último, é impressão minha ou Jonathan merece continuar a titular?
(desculpem o testamento)
Endho, eu não só desculpo o testamento como ainda o agradeço, pois o post foca muito bem a realidade do Sporting neste momento.
ResponderEliminarO Sporting deve de assumir qualquer jogo com equipas portuguesas pois tem capacidade para isso, e a troca de A. Martins por João Mário dá precisamente para assumir isso, o Gil Vicente é fraco como qualquer equipa da parte final da tabela, mas acho que nós ontem soubemos facilitar a tarefa, pois se assim não fosse o Gil não se daría ao luxo de nos dar a vitória.
A vitória de ontem foi por mérito nosso, pelo futebol que jogámos, pela atitude e por finalmente a bola ter entrado.
João Mário é o complemento perfeito que faltava a este meio-campo, ele decide, arrisca, quer a bola e tem poder fisico e ele mais que ninguém já entendeu que esta é a sua hora, agora será sempre a somar minutos e a cimentar o seu futebol.
Jonathan Silva, gostei sem dúvida alguma, mas é um excelente suplente de Jefferson que para mim é uma máquina brutal!
SL
saudações amigo, concordo contigo quando dizes que este resultado contra o Gil Vicente não é um comprovativo de aumento significativo de qualidade, mas sim uma fraca oposição do adversário. No entanto devo frisar que o João Mário esteve a um nível superior do que vem apresentando o André Martins, no entanto, continuamos a errar muitos passes e a enviar bolas para a área sem nexo. Quanto à postura do presidente devo dizer, que este clima de acariação, com este ou com aquele, lhe vale o epíteto de sósia de Pinto da Costa dos tempos áureos. Se não quer ser comparado a este que se distancie dele e que tente não o copiar, como por ex: ir para o banco de suplentes, já estou farto de o ver por lá, até porque o efeito desejado não foi alcançado e aumenta a pressão sobre a equipa técnica e jogadores. O jonathan esteve bem mas não sei se será superior ao jefferson, o tempo dirá, mas aumenta significativamente a pressão sobre este que terá de estar sempre ao mais alto nível sob pena de sair da equipa principal; é pena que a concorrência à direita não seja tão forte e o cédric perfila-se neste momento como titular sem rival à altura. A zona central da defesa é de facto a mais vulnerável e sem solução à vista no imediato, até porque não acho o Paulo Oliveira melhor que algum dos 2 que jogam a titulares e o Rábia está lesionado SL
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