Ordem & Progresso

O lema canarinho é um excelente mote para caracterizar a época leonina. Depois da derrocada colossal que assumiu o extertor do roquettismo, o Sporting encontrou-se à beira dum abismo que ameaçava a nossa própria existência.

Bruno de Carvalho, Leonardo Jardim, Virgílio, Inácio foram os líderes da revolução que recuperou o Leão para níveis condignos com a sua história. E a nossa equipa deixou de ser o bombo da festa que muitos, tantos, desejavam.

Há espaço para contentamento, mas não para descanso. A recuperação será longa e penosa. O próximo ano trará novos desafios, de exigência superior. A temporada será mais extensa e exigirá aos nossos líderes redobrado esforço para confirmarmos o nosso ressurgimento.

Com o alargamento do campeonato para 18 equipas resultará em mais quatro jornadas e, dependendo do rácio subidas/descidas, poderá trazer maior luta. A fase de grupos da Champions garante, à cabeça, mais meia dúzia de encontros com os maiores da Europa. Almejando uma presença mais prolongada nas Taças, poderemos ainda somar mais alguns jogos. 

Logo, em termos quantitativos, poderemos esperar, no mínimo, mais dez jogos. Qualitativamente, o acesso à Champions fala por si...

Escutando Bruno de Carvalho e Leonardo Jardim, é possível descobrir a consciência e a preocupação perante este novo desafio. E é curioso (e motivo de orgulho para todos os sportinguistas) que a primeira e principal preocupação passa por manter a atual estrutura. 

Jogadores como William Carvalho, Marcos Rojo ou Rui Patrício deverão estar presentes no próximo ano. Só perante propostas irrecusáveis poderão fazer repensar este cenário.

Mas não será possível enfrentar uma época longa e difícil com cerca de 15 jogadores. Será necessário alargar o espectro, chamando ao plantel principal jogadores como Esgaio ou João Mário. Acredito, também, que temos jogadores emprestados que poderão ser úteis no próximo ano (Rinaudo, Viola e mesmo Zezinho).

E existirá espaço, claro, para reforços. Como diz o nosso presidente, as alterações deverão ser cirúrgicas. Pessoalmente, tentaria reforçar a posição 8/10 e um ala sólido e desequilibrador (que, consequentemente, poderia até abrir espaço para a venda de um dos nossos extremos).

Creio, também, que necessitamos duma nova liderança nos BB. Abel não me transmite confiança com o seu discurso lateral, como quem sacode a água do capote. A equipa B existe para que os nossos jovens progridam, e não consigo compreender que o responsável considere normal existirem jogadores (João Mário), desmotivados. Especialmente quando a sua principal tarefa é consolidar o processo evolutivo dos nossos jogadores.

A esperança é VERDE!